Entrelinas e Concreto
A publicação integra o projeto de manutenção do Teatro do Concreto e conta com o patrocínio do Fundo de Apoio a Cultura do DF.
IV Mostra Latino Americana de Teatro do Grupo
De 04 a 11 de Maio de 2009, a quarta edição da Mostra Latino Americana de Teatro de Grupo estará acontecendo na cidade de São Paulo (mais precisamente no Centro Cultural São Paulo), trazendo grupos da Argentina, México, Peru e Uruguai além de espetáculos de coletivos brasileiros também. O Teatro do Concreto participará do evento, com o Espetáculo "Diário do Maldito".
Além das apresentações, os grupos também farão demonstrações de trabalho a fim de estabelecer o diálogo e a troca de informações entre os coletivos participantes e os curiosos de plantão, que poderão conferir as demostrações.
Evoé para todos!
Centro de Referência e Memória do Teatro Candango
Concreto Aberto
I Fórum de Teatro de Grupo do DF
Entrelinhas e Concreto
Conexão DF
O projeto Teatro do Concreto: conexão DF é uma proposta de residência artística/manutenção das atividades de pesquisa, criação e compartilhamento do grupo brasiliense Teatro do Concreto -TC. O projeto, com duração de 10 meses, além de assegurar a continuidade dos trabalhos do grupo, prevê ações estratégicas para fortalecer a sua interação com outros grupos de teatro, artistas, escolas públicas e comunidade em geral, estabelecendo um espaço de diálogo ético, estético e artístico com o Distrito Federal.
Por entender que um processo de Residência Artística deve articular ações de pesquisa do grupo e também construção e difusão do conhecimento na área teatral, elencamos como diretrizes do projeto a continuidade da pesquisa de linguagem e criação no TC e o registro e disseminação de conhecimento sobre o teatro de grupo no DF. Entre as principais ações previstas estão: criação de um espetáculo inédito e realização de 12 apresentações; lançamento da publicação Guia do Teatro de Grupo do DF; publicação do primeiro volume da série “entrelinhaseConcreto:Teatro Brasiliense”que integrará textos e os processos criativos de 3 espetáculos locais de destaque na cena contemporânea. Entre as estratégias de contrapartida destacamos a realização do I Fórum de Teatro de Grupo do DF; o programa educativo Teatro do Concreto nas Escolas, o ciclo de debates Concreto Aberto e a criação de um Centro de Referência e Memória do Teatro Candango.
Acreditamos que por meio dessas ações fortalecemos a continuidade do nosso fazer coletivo, alcançamos condições de pesquisar e criar e, também, contribuímos com outros grupos do DF, valorizando a produção local, formando público, sistematizando e compartilhando o conhecimento produzido no campo efêmero que é o teatro.
O fortalecimento e continuidade do trabalho de grupos de teatro no DF se configuram como um grande desafio a ser superado. A consolidação e continuidade de coletivos de artistas representam o amadurecimento e a afirmação da produção simbólica de uma região, afirmando e re-significando características, modos de viver, pensar, agir e conviver. Incentivar a consolidação e garantir a continuidade da pesquisa e produção do Teatro do Concreto significa investir na afirmação do artista local e, conseqüentemente, no fortalecimento da identidade cultural do DF. É assumir a dimensão pública e social que a existência e contínua intervenção artística de coletivos criadores numa cidade se constituem como um ato sensível e poético de cidadania.
Saiba mais:
I Fórum de Teatro de Grupo do DF
Concreto Aberto
Centro de Referência e Memória do Teatro Candango
Entrelinhas e Concreto
Interações Estéticas
Oficina de Dramaturgia
Oficina de Direção
Oficina de Preparação do Ator
O projeto Cenas Concretas: interações entre os grupos brasilienses de teatro é uma proposta de diálogo ético, estético e artístico que o Teatro do Concreto vem realizando com quatro grupos de teatro do Distrito Federal: Grupo Voar (Gama), Grupo Quebrando o Gelo (Planaltina), Grupo Ced’arte (Cruzeiro) e Grupo Casa Alheia (Santa Maria). Vários integrantes desses participaram direta e indiretamente das oficinas e cursos do Ponto de Cultura ESTEC – Curso de Tecnologia Cênica, ligado ao NAC, Núcleo de Arte e Cultura.
O projeto Cenas Concretas, por meio do Teatro do Concreto, pretende incorporar as ações desenvolvidas pelo Ponto de Cultura e trabalhar conjuntamente para incentivar a prática de teatro de grupo em Brasília. Para tanto, o Teatro do Concreto dará continuidade a sua pesquisa sobre Amor e Abandono, realizando encontros com grupos de teatro e oferecendo oficinas de dramaturgia, direção e preparação do ator. Além de apresentarem cenas teatrais próprias, haverá sempre uma troca de experiências sobre o processo de construção de cada grupo, sobre o trabalho coletivo, as concepções estéticas e ideológicas que movimentam aquele grupo e reflexão sobre o processo colaborativo de criação teatral. A partir daí, o Teatro do Concreto lança a proposta de montagem de cenas que transitem no tema amor e abandono. A culminância do projeto será a realização da Mostra de Cenas.
O objetivo maior é o de promover o diálogo de múltiplas identidades e o intercâmbio entre os artistas integrantes do Teatro do Concreto e os artistas desses quatro grupos, que produzem e pesquisam a linguagem cênica, agregando e incentivando a prática de teatro de grupo no Distrito Federal.
Diário em Órbita
O projeto Diário em Órbita consistiu na circulação do espetáculo Diário do Maldito nas regiões administrativas de Planaltina, Ceilândia e São Sebastião. Em conjunto com as apresentações foram realizados debates e workshops sobre processos de criação teatral. O projeto foi desenvolvido em parceria com as Administrações Regionais de cada cidade e com a rede de ensino local.
Com a difusão do espetáculo Diário do Maldito, para além do Plano Piloto, o Teatro do Concreto visou ampliar o diálogo com essas comunidades oportunizando o contato com um trabalho investigativo e de caráter experimental, o que tem colaborado para diversificar as possibilidades de apreciação artística nesses locais e contribuído para a formação de platéia.
O grupo entende as iniciativas de formação de platéia como um processo pedagógico que exige abertura e diálogo. Nesse sentido, ao final de cada espetáculo, foram realizados debates entre artistas e público, com o objetivo de acolher, discutir e refletir sobre as impressões dos presentes e “desvelar” os caminhos percorridos pelos artistas no processo de criação do Diário do Maldito. Dessa forma, o Teatro do Concreto acredita que contribuiu para um efetivo processo de apropriação e entendimento da apreciação e do fazer teatral.
O projeto Diário em Órbita realizou 6 apresentações, 2 em cada cidade escolhida, atendendo aproximadamente 480 pessoas, dentre artistas, estudantes e comunidade em geral. Realizou workshops de 6 horas em cada cidade, atendendo 90 participantes ao total e promoveu debates ao fim de cada espetáculo entre os artistas do Teatro do Concreto e o público. O objetivo de cada workshop foi promover um diálogo com grupos, artistas e demais interessados no fazer teatral, de modo a fortalecer o trabalho desses agentes culturais por meio do intercâmbio de técnicas, reflexões e exercícios relacionados aos processos criativos vivenciados pelos participantes.
Nessa perspectiva de atuação cultural, acreditamos estar efetivamente promovendo uma troca de saberes e experiências, levando em conta o potencial artístico da população e artistas locais.
Ruas Abertas
A cidade é isso mesmo que você
está vendo mesmo que você não
esteja vendo nada.
eixos que se cruzam.
pessoas que não se encontram
(Nicolas Behr)
A intervenção cênica, Ruas Abertas, compreende uma das etapas do processo de pesquisa e montagem de espetáculo teatral a partir das investigações iniciadas pelo Teatro do Concreto em 2008 acerca do tema Amor e Abandono.
A proposta deste tema para nortear a nova montagem do grupo é fruto da busca incessante de seus artistas por assuntos que afligem o homem contemporâneo. A rotina caótica de uma grande cidade; o individualismo e a solidão latentes na sociedade contemporânea; a transitorialidade das relações afetivas, do contato com o outro, as mudanças de referenciais de tempo-espaço, a relação dos homens com os espaços de convívio, a perecibilidade do ser humano frente aos avanços tecnológicos: todas estas foram questões que instigaram o Teatro do Concreto a buscar o tema deste novo espetáculo.
Essa proposta temática começou a se desenhar durante o processo de construção do último espetáculo do grupo - Diário do Maldito. Foi justamente ao aprofundar num universo de temas e personagens de profunda dureza, cheios de angústias, inquietações e que também experimentavam as infinitas formas de amor e abandono que esta temática começou a nascer. Como naquele momento o foco do trabalho era a questão da marginalidade e do papel do artista, muitas das cenas e improvisações que tocavam em questões como relação amorosa, saudade, família, perda, entre outras, não foram aproveitadas. Portanto, era preciso criar um espaço para mergulhar em nós mesmos e poder transformar em arte nossas inquietações sobre amor e abandono na sociedade contemporânea. Então, a partir de meados de fevereiro de 2008 o grupo iniciou uma intensa pesquisa sobre o tema, continuando a trabalhar na perspectiva do Processo Colaborativo de criação.
A partir dessas cenas e improvisações, o grupo decidiu “abrir” o seu processo criativo para que o mesmo fosse afetado por outros estímulos e sujeitos. Assim, participou do Festival Internacional de Teatro de Brasília Cena Contemporânea 2008, onde realizou a intervenção cênica Ruas Abertas. Por ser um grupo profundamente identificado com a cidade de Brasília e com as possibilidades de diálogo que o seu significado simbólico e real possibilita o Teatro do Concreto, buscou para a realização dessa intervenção cênica, espaços urbanos que pudessem expressar o corre-corre cotidiano, a linearidade de uma agenda a ser cumprida, a falta de tempo para sentir. A partir dessa reflexão o espaço escolhido para as apresentações foi a rodoviária do Plano Piloto e três faixas de pedestres que a circundam. Um ponto central da capital que, no horário escolhido para intervenção – 17h –, vive o pico do trânsito de automóveis e pedestres. Os atores encenavam no tempo em que o sinal estava fechado para os carros e aberto para os transeuntes.
A intervenção que compreendia Ruas Abertas, além de trazer outras possibilidades de linguagem para o Festival, proporcionou uma experiência única de encontro entre atores e público numa espécie de “contaminação” mútua que impactou sobremaneira os caminhos de nossa pesquisa, apontando três eixos que poderiam ser verticalizados para a continuidade do trabalho e criação do espetáculo: possibilidades de relação/interação com o público; exploração do espaço urbano e o diálogo com outras linguagens artísticas (dança contemporânea, instalação e performance).
FICHA TÉCNICA
Criação: Teatro do Concreto
Direção: Francis Wilker
Assistente de Direção: Aline Seabra
Dramaturgia: Jonathan Andrade
Elenco:
Alonso Bento
Gleide Firmino
Jhony Gomantos
Juliana Sá
Lisbeth Rios
Maria Carolina Machado
Micheli Santini
Nei Cirqueira
Silvia Paes
Zizi Antunes
Produção Executiva: Ivone Oliveira
Assessores de Produção: Celma Loci, Elvis, Galdino Rebouças, Lorena Maria e Silva, Luciana Amaral e Thiago Nery.
Pesquisa e Direção Musical: Daniel Pitanga
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